Portugueses enchem a catedral na Oitava de 2024

Antes da missa, a procissão. Este ano a imagem que fez o percurso entre a igreja da Gare e a Catedral do Luxemburgo foi a da Nossa Senhora Consoladora dos Aflitos. Noutros anos foi utilizada a imagem da Virgem de Fátima. Durante quase quarenta e cinco minutos centenas de pessoas rezaram o terço e meditaram excertos das Memória da Irmã Lúcia, uma das videntes das aparições de Nossa Senhora em Fátima. Tudo intercalado com cânticos à Virgem de Fátima.

E foi precisamente ao som do “A treze de maio” que a procissão entrou na Catedral do Luxemburgo.

Centenas de pessoas ocuparam praticamente todas as cadeiras da catedral. A missa que começou às 19h30 terminou já passava das nove horas da noite.

O cântico escolhido para a entrada foi o “Totus Tuus, Maria”. Depois o bispo auxiliar do Luxemburgo começou por dizer que “hoje há uma pessoa que está muito triste por não poder estar aqui. É o nosso cardeal que teve de se deslocar a Roma para se reunir com o Papa. Ele gostava muito de estar aqui”. Ainda antes do Kyrie, o arcebispo auxiliar apresentou o novo diácono Diego, ordenado no sábado passado na Catedral do Luxemburgo. O diácono é brasileiro e deverá ser ordenado padre brevemente.

A homilia ficou a cargo do padre André Favoretti. Fazendo a ponte com o lema da Oitava com o slogan das Jornadas Mundiais da Juventude de Lisboa, o padre de Ettelbruck lembrou que “Maria partiu apressadamente. Pressa ansiosa e destruidora? Absolutamente não. Com pressa do amor, pressa de quem compreendeu a Palavra de Deus e a põem em prática. Se há uma pressa que destrói, há outra que constrói: a pressa da urgência em ouvir a Palavra de Deus, a fim de sermos Palavra de Deus na vida dos que nos cercam”, afirmou o padre André.

“Para servir, é o tema da Oitava deste ano, e Maria, nossa mãe, é o modelo perfeito de alguém que, tocada por Deus, deixa o seu conforto para se pôr ao serviço dos outros, sem fazer contas ao tempo, ao esforço, e sem temer o perigo”, conclui o padre André.

Como já é tradicional, a eucaristia terminou com a procissão do Adeus. A imagem da Virgem que veio da Gare fez uma passagem pela catedral enquanto o coro cantava o “Adeus à Virgem” e os peregrinos tiravam os lenços brancos dos bolsos para acenarem e despedirem-se de Nossa Senhora. Até Wiltz, na próxima quinta-feira da Ascensão.