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Notre-Dame de Fatima . Nossa Senhora de Fátima  
12 de Junho de 2017

Consagração Mariana: perspectiva trinitária e vida baptismal

O arcebispo do Luxemburgo vai consacrar o nosso país ao Coração de Maria, no dia 25 de Junho, na Catedral

O Centenário das Aparições de Fátima e a peregrinação da Imagem de Nossa Senhora de Fátima ao longo da nossa Arquidiocese traz-nos de volta à consagração ao Imaculado Coração de Maria. Esta consagração a Maria é central para a mensagem de Fátima: escolher a Mãe de Deus. Escolher a Mãe de Deus pode ser um acto individual, de uma pessoa cristã, ou a consagração de uma comunidade, territorial ou nacional, até ao acto de consagração do Mundo ao Imaculado Coração de Maria como tem sido feito desde o Papa Pio XII, em 1942, e repetido até aos dias de hoje. O Arcebispo do Luxemburgo vai fazer a consagração do nosso país ao Coração de Maria no dia 25 de Junho, na Catedral.

«A ti me entrego… A ti nos entregamos…», assim começa o acto de consagração. Mas antes de proferir estas palavras, devemos falar de uma outra entrega, primeira e última causa de todas as outras. Não foi feita há cem anos, mas desde a eternidade por três pessoas, as pessoas da Santíssima Trindade. Desde a eternidade, o Pai Celestial escolheu Maria de Nazaré como mãe para o seu filho, e qualquer entrega posterior é como um eco da primeira. E o amor de Cristo à sua mãe é o mesmo que brilha no coração dos fiéis. E a graça do Espírito Santo que à sombra do plano divino está a ela associada. Por outras palavras, uma vez que o Deus trino disse: «A ti to entregamos», nós também, seguindo aqueles que vieram antes de nós, isto é aos pastorinhos de Fátima, em 1917, ousamos dizer: «A Ti nos entregamos, Maria!» É importante recordar a dimensão trinitária de todo o acto de consagração mariano.

É escolher a Mãe de Deus como um modelo de vida para seguir Cristo: seguir Cristo como Maria, que realizou o seu papel tal como lhe foi confiado na História da Salvação. «A consagração à Mãe de Deus nunca é um fim em si mesmo (...), mas implica-nos na dinâmica da salvação, que é seguir Jesus.» (SJ P. Josy Birsens). Dedicarmo-nos a Maria implica portanto cultivar a relação com Cristo e adoptar um estilo de vida semelhante à de Cristo. A «Verdadeira devoção à Santíssima Virgem», segundo São Grignion de Montfort, é Cristo. Nós veneramos Maria, mas amamos a Cristo.

Grignion de Montfort vê a consagração mariana como uma extensão da consagração baptismal. O batismo já nos une a Maria, à sua maternidade espiritual. Pelo seu «sim», em Nazaré, onde ela concordou tornar-se a mãe de Jesus, e com a sua presença sob a cruz, onde Jesus confiou todos os seus discípulos, Maria participa da obra da salvação de Seu Filho - que nos é transmitida pelo sacramento do batismo. A consagração mariana como realização final e consciente da «consecratio» a Cristo, que teve lugar no batismo, convida-nos a unirmo-nos ao «sim» de Maria e à sua presença sob a cruz. O mariólogo René Laurentin interpreta o papel de Maria nesta óptica: «O seu papel é actualizar, executar a consagração relaizada no batismo», quer seja feita a Maria, a Jesus por Maria (Grignon) ou ao Coração de Maria, como em Fátima. "Se não nos consagrarmos a Deus, é bom que nos confiemos a Maria. O que é entregue a esta amorosa Mãe, amada de Deus, não é perdido, e os que fazem tal experiência não ficam desapontados”.

Georges HELLINGHAUSEN
georges.hellinghausen@cathol.lu
 
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