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A procissão dançante
A história, a melodia, a dança em vídeo
As peregrinações ao túmulo de St. Willibrord, fundador da Abadia d’Echternach, começaram imediatamente após a morte do missionário anglo-saxónico. O primeiro documento em que refere a presença de peregrinos dançantes em Echternach, os chamados “Santos dançantes”, remonta a 1497. Alguns referem que o início da “Procissão Dançante” seu deu à época da cristianização.
Actualmente, é dado como adquirido que a dança apareceu durante algumas procissões, ditas “comuns”. No Pentecostes, as paróquias que faziam parte da Abadia eram convidadas a trayerem as suas oferendas (trigo, cera, dinheiro, etc) empunhando cruzes e estandartes. Um texto do séc. XVI menciona claramente que um grupo de peregrinos de Waxweiler (na Alemanha) realizou uma procissão dançante em Echternach. Outros grupos de peregrinos seguiram o exemplo.
Durante a procissão, os peregrinos deslocam-se aos saltos, apoiados ora numa perna, ora noutra, acompanhados por uma melodia muito simples, que podia ser tocada pelos os instrumentos da região: a flauta, o acordeão e os tambores. Com o passar do tempo a melodia tem-se enriquecido, e hoje em dia parece uma polca (dança de origem polaca).
A “Procissão Dançante” revela a alegria de viver de quem participa na festa, mas é também uma forma de oração fervorosa de homens que experimentaram o sofrimento. S. Willibrord era conhecido pelos seus milagres nos casos de epilepsia. Há quem dia que a dança imita o comportamento de um epiléptico, e que era desta forma que os peregrinos pediam a intercessão do santo para se protegeram da doença.
Na terça-feira de Pentecostes, depois da missa pontifical na Basílica, o arcebispo do Luxemburgo, desde o cimo da escadaria do pátio de honra da antiga abadia, dá as boas vindas aos peregrinos. Os cânticos abrem a procissão, acompanhados de invocações a S. Willibrord. Depois juntam-se ao cortejo os peregrinos vindos dos Países Baixos, do Baixo Reno e de outras regiões onde o santo é venerado.
A procissão percorre a cidade, depois entra na igreja rumo à cripta, onde está o túmulo do santo. As danças acabam já no exterior da Basílica. A procissão encerra com a eucaristia.
Milhares de pessoas assistem todos os anos à procissão, que conta com cerca de 1.500 músicos, e entre 8 a 9.000 dançarinos.